Edição Maio 2019
A publicação será mensal e vai conter informações técnicas, notícias e novidades do mundo Daimler. O apoio da comunidade é bem vindo e por isso caso tenha alguma informação, sugestão, crónica, notícia técnica que ache que vale a pena partilhar entre em contacto com o Departamento Técnico ou através do e-mail vasco.pinto@soccsantos.pt.
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O mais emocionante da sua Classe
Novo CLA
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Já o seu antecessor foi um grande sucesso pela presença, elegância e ao mesmo tempo aspeto desportivo. O novo CLA (118) foi apresentado como coupé na sua introdução ao mercado mas pouco tempo depois foi também revelada a shooting brake.
As novidade são muitas e como não podia deixar de ser mesmo sem a informação toda disponível já conseguimos ter uma ideia bastante clara do que vamos encontrar.
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Motores
Na introdução ao mercado vão estar disponíveis para o chassi 118 os seguintes motores:
- M260, motor Otto (gasolina) de 4 cilindros em linha com 2,0L de cilindrada (já conhecido do novo classe A 250);
- M282, motor Otto (gasolina) de 4 cilindros em linha com 1,33L de cilindrada (já conhecido do novo classe A 200);
- OM608, motor diesel de 4 cilindros em linha com 1,5L de cilindrada (já conhecido do novo classe A 180d);
- OM654, motor diesel de 4 cilindros em linha com 2,0L de cilindrada (já conhecido do novo classe B 200d e 220d, também disponível no novo classe A 180d, 200d e 220d 4MATIC).
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Na introdução no mercado do novo CLA, são oferecidos 4 variantes de caixa de velocidade.
Caixa Manual de 6 velocidades (FSG310 - 711.6) - Esta caixa foi melhorada para criar as condições necessárias para ser adaptada ao novo chassi. Esta pode ser encontrada em combinação com o motor M282, OM608 e OM654.
Caixa de Dupla Embraiagem (7F-DCT - 724.0) - Disponível em combinação com o motor M260 esta caixa é adequada para tração total 4MATIC.
Caixa de Dupla Embraiagem (7DCT-300 - 700.4) - Disponível em combinação com os motores M282 e OM608. A mesma está limitada a um binário de 300Nm.
Caixa de Dupla Embraiagem (8f-DCT - 724.1) - Está sim é a novidade, pela primeira vez temos uma caixa de velocidades de 8 velocidades. Permite assim estabelecer novos padrões de performance de partida e de relações de caixa. Ainda no lado das coisas boas, temos a redução dos consumos e das emissões de CO2 sem comprometer uma condução mais eficiente e orientada à potência.
Os requisitos prévios necessários para combinar este tipo de tecnologia com uma tração total ou com uma plataforma híbrida foram tomadas em conta podendo estar a contar com uma motorização adicional com algum tipo de hibridação para breve...
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Características principais da caixa de 8 velocidades:
- Controlo direto totalmente integrado;
- Lubrificação por cárter seco;
- Relação de transmissão curta;
- Compatível com tração total e hibridação.
Prometemos que assim que tivermos mais novidades desta caixa que informaremos os leitores do TecNews.
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Suspensão
A suspensão do novo CLA inclui patas telescópicas McPherson com amortecedores de tubo duplo no eixo dianteiro e amortecedores monotubo com molas instaladas no eixo traseiro. Adicionalmente o veículo também possui estabilizadores montados no eixo dianteiro e na suspensão de 4 braços.
Estão disponíveis as seguintes variantes de suspensão:
- Suspensão conforto com suspensão metálica (série) - A suspensão de série inclui um amortecimento convencional trabalhada para minimizar as oscilações dinâmicas da carga, melhorando a segurança e conforto dos ocupantes.
- Suspensão conforto com suspensão metálica e assoalhado rebaixado (código 677) - Nesta versão as molas são mais duras e os amortecedores adaptados em ambos os eixos. Comparativamente à suspensão de série podemos esperar um rebaixamento de aproximadamente 15mm.
- Suspensão com amortecimento adaptativo regulável (código 459) - Opcionalmente, é possível equipar o novo CLA com um amortecimento regulável ativo. Em combinação com um dos programas de condução Dynamic Select, é possível escolher entre um comportamento mais confortável ou desportivo dos amortecedores. Para reduzir os movimentos de inclinação e rotação da carroçaria e para melhorar as cargas sobre a roda e a aderência dos pneus, o amortecedor endurece sempre que o veículo acelera, trava ou muda de direção. Este tipo de suspensão (apesar de não ser barata) cria as condições necessárias para realçar a condução dinâmica, sem comprometer a segurança e o conforto.
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Direção
Sem novidades neste campo continuamos com uma direção por cremalheira e pinhão electromecânica. A mesma é alimentada por um motor eléctrico que fornece o seu apoio à caixa de direção através de um redutor de velocidade.
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Integração da rede de bordo
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Na imagem acima podemos identificar quase todos os componentes pertencentes à rede de bordo do novo CLA e quase identificar a sua localização.
De há uns anos para cá temos de admitir que a parte eléctrica evoluiu e continua a dar cartas tornando os automóveis cada vez mais apelativos e cheios de gadgets.
Nesta nova plataforma podemos identificar vários tipos de protocolos de comunicação:
- CAN de acionamento (CAN C1);
- Sensor de acionamento (CAN I);
- CAN da interface do usuário (CAN HMI);
- CAN de diagnósticos (CAN D);
- CAN da condução dinâmica (CAN H);
- CAN do compartimento interno (CAN B);
- CAN do volante (CAN LR);
- CAN do motor (CAN C);
- CAN de periféricos (CAN PER);
- CAN do radar traseiro (CAN S2);
- CAN telemática (CAN A);
- FlexRay da suspensão (Flex E);
- MOST;
- LIN da calefação (LIN B28);
- LIN Keyless-GO (LIN B27);
- LIN do comando da climatização (LIN B8-3);
- LIN 2 do controlo de climatização (LIN B8-2);
- LIN do sensor de chuva (LIN B16);
- LIN de ocupação do banco (LIN E2);
- LIN portas (LIN B9 e B10).
A grande novidade, que já não é desta plataforma especifica mas ainda muito recente, é o FlexRay, um protocolo de comunicação que pode ser até 10 vezes mais rápido que o CAN, possibilitando o sonho de novas tecnologias até aqui impossíveis.
Vamos tentar dedicar mais tarde um TecNews aos tipos de protolocos existentes e como funcionam, não se preocupem, fica prometido!
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Manutenção
- Substituir óleo de travões - a cada 2 anos;
- Substituir filtro do ar - a cada 75 mil km ou 3 anos;
- Substituir velas de ignição (motores gasolina) - a cada 75 mil km ou 3 anos;
- Troca de óleo do eixo traseiro - a cada 75 mil km ou 3 anos;
- Substituir filtro óleo do motor (motores a diesel) - a cada 75 mil km ou 3 anos;
- Substituir filtro óleo do motor (motores a gasolina) - a cada 200 mil km ou 10 anos;
- Substituir óleo da caixa automática - a cada 125 mil km (com a exceção da 700.42 com o ano de produção 2019);
- Substituir a correia dentada (OM608) - a cada 200 mil km ou 10 anos.
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Apresentação Mundial - GLB e GLS
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O arranque da época de F1 não podia ter sido melhor, quatro corridas, quatro vitórias. A tabela de classificações demonstra que o esforço e união da equipa continua a dar frutos, o desenvolvimento tecnológico também ajuda um bocadinho...
Todos os anos trazem mais novidades e regras para adicionarmos às tantas outras que já vinham de trás. Um dos componentes que tem sofrido vários updates é o volante. Na F1, este não é bem como o conhecemos no nosso dia-a-dia, mas já o foi há muitos anos...
Os volantes mais parecem uma pequena consola de jogos apinhada de funções, para entreter uma criança durante horas carregando e rodando aleatoriamente todos os botões. À primeira, visto para quem não conhece, até assusta tentar perceber como é que os pilotos se conseguem concentrar na pista com tanta coisa à disposição mas a verdade é que para além da perícia todas estas funcionalidades ajudam no caminho para a melhor volta.
São mais de 20 os botões e manípulos que contámos no volante do Mercedes-AMG Petronas F1 W10 EQ Power+ que Valtteri Bottas levou à vitória no primeiro Grande Prémio de 2019, em Melbourne, Austrália, que ocorreu no passado fim de semana, a 17 de março. A Mercedes-AMG Petronas fez um pequeno vídeo com Bottas e Evan Short (líder da equipa), que tentar clarificar a aparente complexidade do volante de um Fórmula 1.
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Entre todos os botões podemos:
- Limitar a velocidades nas boxes conseguindo cumprir com o regulamento em vigor (4);
- Falar com a equipa via radio (12);
- Alterar o o equilíbrio de travagem (8);
- Alterar a transferência de binário para as rodas traseiras, com personalização para entrada, durante ou saída de curva (6);
- Ajustar a potência do motor, para diferentes estratégias de condução (defesa de posição, poupança do motor ou até mesmo chamar todos os cavalinhos escondidos) (13);
- Controlo das unidades de potência (motor combustão mais duas dos motores eléctricos) a ser manuseado de acordo com as indicações das boxes (15);
- Marcar um determinado "ponto" da corrida em que o piloto ache de alguma forma seja importante rever (9);
- Configurar o início de corrida mais conhecido por race start (11);
- Ajustar inercia do motor, para controlar a intensidade de travagem quando o piloto não está nem a travar nem a acelerar (7);
- Confirmação de paragem nas boxes (5);
- Combinação de LED's para troca de relação de caixa (16);
- Colocar caixa em Neutro, este botão existem para o piloto controlar a subida ou descida de mudanças apenas nas patilhas e no caso de querer colocar a caixa em neutro (carregar) ou marcha-atrás (pressionar) (3);
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Uma particularidade deste volante é que a tecnologia usada é mais próxima de um foguetão do que de um carro. Os botões e manípulos são de alta fiabilidade... O que é que isto quer dizer e que aplicabilidade tem?
Simples, já pensou que é muito fácil com tantos botões à frente e na maior parte das vezes concentrado na corrida o piloto a probabilidade de se enganar é grande e para isso os mesmos requerem mais força tátil que a normal.
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