Edição Junho 2018

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Tema do Mês:
 Afinal como funcionam as baterias?

O mundo das baterias já existe há alguns séculos, nem sempre foram do mesmo tamanho, peso, material nem propriamente da mesma capacidade. A evolução da tecnologia tem vindo a exigir aos teóricos neste campo que explorem o máximo de alternativas e materiais pois os nossos tempos assim o exigem. Podemos considerar algumas mentes brilhantes que fizeram com que hoje a fasquia esteja num nível muitíssimo elevado. Primeiramente Luigi Galvani (1791), o primeiro a criar um circuito elétrico. Mais tarde em 1800 nasce Alessandro Volta, o pai da primeira bateria. Foi preciso quase mais 100 anos para serem inventadas e melhoradas as baterias que ainda são usadas hoje em dia nos automóveis.
Apesar de não se falar diretamente de alguns termos estes são importantíssimos para tudo que envolve eletricidade:

Corrente elétrica é medida em Amperes (A) é a quantidade de carga elétrica que flui através de um condutor num determinado momento.
Tensão é medida em Volts (V) e corresponde à pressão da corrente elétrica.
Resistência é medida em Ohms (Omega) e indica quanta resistência a corrente encontra num circuito elétrico.
Potência é medida em Watts (W) e é definida como o trabalho resultante por unidade de tempo.
Bateria de chumbo-ácido

Tradicionalmente utilizadas durante largos anos, este tipo de baterias ainda hoje equipa a maioria dos carros convencionais. Devido à sua estrutura e composição não são as mais populares para a massiva transformação que estão a sofrer os veículos que cada vez mais adotam uma posição "verde" (elétricos). Isso se deve ao fato de ser mais pesada e a sua autonomia bastante menor. Para termos uma ideia mais concreta, comparativamente a uma bateria de iões de lítio, uma bateria deste tipo teria de ser quase 3 vezes mais pesada e 2 vezes maior.

 

 
Baterias de (iões) Lítio
Apesar de já ter nascido há alguns anos, mais propriamente 106 anos, é considerada hoje um "combustível" para a evolução tecnológica que estamos a viver. Esta tecnologia ainda promete dar muitas cartas e espantar os mais céticos.
Tudo começou em 1912 mas só se tornou popular nos anos 70. Inicialmente estas baterias eram feitas de metal de lítio o que as tornava bastante instáveis causando por vezes explosões (não, não eram mesmas que foram proibidas de entrar nos aviões mais recentemente…). A pensar na segurança, o metal de lítio foi colocado de parte deixando a fama para as baterias de iões de lítio.
A primeira empresa a usar foi a Sony em 1991 (27 anos atrás!).
Depois disso foi sempre a subir no desenvolvimento e aperfeiçoamento da mesmas, ainda hoje acreditamos que o potencial deste tipo ainda está longe do seu máximo. 

Composição

A bateria de lítio é composta por:

  • Ânodo: também conhecido como polo negativo. O eletrões "viajam" do ânodo para o cátodo durante o consumo de uma carga (descarga)
  • Cátodo: polo positivo da bateria que liberta os eletrões para o ânodo durante o carregamento .
  • Separador poroso: é o responsável por separar o cátodo do ânodo, além de ser o canal de passagem dos iões de lítio.
  • Eletrólito: composto utilizado para que os iões de lítio sejam transferidos na célula da bateria entre polos.

 

Resumindo, tanto o processo de carga como a descarga ocorrem através da passagem de iões de lítio de um lado para o outro da bateria, através do separador poroso e do eletrólito.

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