Depois de encontrada a pressão para determinada situação, o mesmo faz abrir uma comporta onde o líquido refrigerante, usando também no motor, entra no retarder e aqui é que a magia acontece…
No interior este é composto por um rotor (B) e um estator (A). O rotor está diretamente ligado à cadeia cinemática do veículo e o estator como o seu nome indica esta parado com a função de redirecionar o fluido de volta para o rotor. Vamos pensar de uma forma comparativa para tentarmos perceber o que se passa no interior, se tivermos uma roda a rolar por uma colina abaixo esta vai ganhando velocidade (aceleração) mas será que a aceleração vai ser a mesma se essa colina fosse debaixo de água? Não, pois o meio era diferente e a roda tinha mais dificuldade em rolar na água. Aqui é exatamente a mesma coisa, antes da entrada de líquido refrigerante no retarder, o mesmo roda livremente passando a energia do motor para o eixo. Aquando da entrada do líquido, todo o sistema abranda oferecendo resistência ao movimento do rotor (C) e que por sua vez não transmite a energia toda para o eixo.
Fisicamente e segundo a primeira lei da termodinâmica (conservação de energia) a energia cinética é transformada em calor que o líquido refrigerante absorve.
Nota: Os retarder antigos usavam óleo em vez de líquido refrigerante o que obrigava a ter um radiador de óleo adicional para arrefecer o mesmo. Com esta evolução conseguiu-se reduzir no peso (-30Kg) e tamanho (-50%) do agregado.
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